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Fabiano Seixas Fernandes, para este poema |
Talvez eu quisesse ser a sacada de um pequeno apartamento. Estar sempre fora e nunca ir embora. Nas manhãs, sentir o aroma do café de um sonhador; Nas noites, ter meu chão manchado de um vinho cansado.
Durante o dia, minhas janelas estão fechadas e um gato caminha sobre meu corpo com toda a delicadeza que mereço; sobe à minha margem e observa o mundo pela minha transparência.
Há de ter outra sacada observando os cacos e as manchas do meu chão?
MKK